sábado, 20 de junho de 2009

Saudades da Amada

Fui tomado pelo sentimento de saudade, não sei se, por causa da crise existencial e financeira que estou passando ou por pura melancolia, só sei que uma parte da minha conciência esta voltada, única e exclusivamente para a imagem de uma pessoa que não consigo esquecer "Sarinha" que sempre chamei de Sarita, de todas as mulheres que conheci foi ela que marcou, também vivemos juntos uns 6 à 7 anos, posso considerar que foi a melhor fase da minha vida, nunca acreditei nessa estória de amor, mas acho que o que eu sinto hoje deva ser amor que se confunde com saudade, sentir falta da pessoa a meu lado uma coisa tão simples que não causa sofrimento nenhum só lembranças agradáveis dos tempos que vivíamos juntos, das brigas, dos almoços de domingo,o frango ao molho pardo do Oxalá, da feira da Gloria, da ida ao Shopping nas noites de Domingo cansado e bêbado pra buscar Sarita, os Natais nós dois juntos Ano Novo na Av. Atalntica aonde vimos o Século passar, as madrugadas de amor e sexo e depois aquela ovo mexido com a arroz com salsa e cebolinha que só ela sabia fazer na medida certa, tem coisa que agente acha que nunca vai acabar mais acaba, vira lembrança, passado mais fica marcado para sempre, na eminencia de voltar assim se acredita sempre, quando a coisa é muito boa e prazeirosa como foram os seis anos e tal que vivemos juntos. Eu e Sarita!

"Depois de te perder
te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
nada aconteceu
Apenas seguirei como encantado
Ao lado teu"
.........................................................
"O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário"
..........................................................
"Mas causou perdas e danos
Levou os meus planos
Meus pobres enganos"
......................................................
"Pra se viver do amor
Há que esquecer o amor
Há que se amar
Sem amar
Sem prazer
E com despertador
- como um funcionário

Há que penar no amor
Pra se ganhar no amor
Há que apanhar
E sangrar
E suar
Como um trabalhador

Ai, o amor
Jamais foi um sonho
O amor, eu bem sei
Já provei
E é um veneno medonho

É por isso que se há de entender
Que o amor não é um ócio
E compreender
Que o amor não é um vício
O amor é sacrifício
O amor é sacerdócio
Amar
É iluminar a dor
- como um missionário"


Chico Buarque

Armazém Senado

Na quarta feira antes do feriado de corpus cristi, fui ao Armazém Senado com meu amigo Ricardo (Morcegão), tinha mais ou menos uns oito anos que não pintava por lá, fui muitas vezes comprar feijão pro almoço, quando faltava em casa, mora próximo. Não sei se por má sorte ou ironia do destino encontrei o Rabelo, amigo do Paulinho Sandalia que me apresentou no tangará e que me ficou devendo R$ 20,00 desde 2001, como todo bom devedor deu uma que não estava me reconhecendo e nem me cumprimentou, depois destes anos todos o cara mostrou o mau carater que é, eu que pretendia ser frequentador mais assíduo do Armazém acho muito difícil voltar lá, o cara deu pinta de ser morador da area, por tanto, frequentador rotineiro. O sujeito nesta época andava dizia ele de Botafogo ao Centro estava na maior merda, eu na maior boa vontade emprestei os R$ 20,00 o cara parece que esqueceu.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Boitempo

O PEQUENO COFRE DE FERRO

Arrombado
vazio. Quem roubou?
Eu, talvez,
que me acuso de todos os pecados
antes que alguém me acuse e me condene.
Não fui eu ou fui eu?
Quem sabe mais de mim do que meu dentro?
E meu dentro se cala
omite seu obscuro julgamento
deixando-me na dúvida
dos crimes praticados por meu fora.


Carlos Drumond de Andrade