quarta-feira, 25 de março de 2009

Vai Passar


Ladeira dos Tabajara


Esta sendo atacada esta semana pelos almas sebosas da Rocinha, até quando? Nos idos dos anos 80 eu costumava frequentar o ensaio do Vila Rica, considerado na época um dos melhores ensaios de blocos do Rio, comparando hoje com os Escravos da Mauá, era muito difícil ver mulher feia, se bem que este conceito de mulher feia já não existe mais todas elas são bonitas, mais na época se usava muito este termo "Me perdoem as feia, mais a beleza e fundamental". Quanta madrugas de Sexta pra Sábado eu e meu amigo Pindolo curtimos os ensaios do Vila Rica depois de uma passada na Adega Pérola uma das paradas obrigatórias do nosso grupo, ia esquecendo quem nos acompanhava nesta época era Sonia Preta esposa do Pindolo, costumávamos chegar na Adega sempre por volta das 20:00h, dependendo da temperatura matávamos uma garrafa de Quinta Jubair com tira gosto. quase sempre era uma pescadinha frita com bastante azeite, ou chopp com majubinha frita uma delicia nunca vi igual em outro lugar, la pelas 10:30h subíamos a ladeira na maior tranquilidade a vezes até 2:00h da manhã sem aborrecimento, a vezes tinha um gaiato que empancava com agente mais logo se resolvia com um copo de cerveja, se fosse hoje nem imagino e poderia acontecer, acho que os almas sebosas eram mais calmo que agora, a idéia era outra.


"Dividindo a preferência dos moradores da Zona Sul do Rio com a São Clemente, a Villa Rica origina-se de um bloco de enredo, fundado em 20 de março de 1966. Os fundadores da agremiação foram: Dona Neném, Jorge Marreco, Bacalhau, Luiz Chimbirra, Ernesto, Cirene, Dona Nadir, Infhá, Nelson Marcolino, Nei, Paulo Fidel, Bira do Barro, Dona Neuza, Rubão, Carlinho da Zuleida, Luiz Werneck, Hélio Pé Grande, Luizinho Crioulo, Tapioca, Queixinho, Demar, Ovídio, Domingo Carrula, Ademar Gordo, Adolfo, Pauzinho, Hélio Aruanda, Ninilson do Cavaco, Calego e Eli Campos.

A história da fundação da Unidos da Villa Rica começa na década de 60, quando um grupo de moradores decidiu fundar uma agremiação apenas com a finalidade de dar um pouco de alegria para os moradores da região. No início, os componentes não tinham compromissos oficiais, apenas curtiam o carnaval descendo a Ladeira dos Tabajaras batucando em latas, panelas e o que mais surgisse (e emitisse som), para animar o carnaval pelas ruas de Copacabana. No entanto, em 1966, já com uma estrutura definida os fundadores da Villa Rica sentiram a necessidade de filiar a agremiação na Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro, dando início a uma nova jornada. O G.R.B.C. Unidos da Villa Rica logo despontou como um dos mais promissores blocos de enredo e até o ano de 1988 marcou presença nos desfiles oficiais. Naquele mesmo ano, ficou decidido durante Assembléia Geral Extraordinária que o melhor para a agremiação seria voltar às origens de escola de samba. Filiado à Associação das Escolas de Samba do Estado do Rio de Janeiro, o G.R.E.S. Unidos da Villa Rica dava início a uma nova fase da sua história sacramentando os anseios da comunidade de Copacabana. A passagem para agremiação credenciada na Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro só veio, porém, no ano de 1990".







Quinta Jubair Branco Licoroso. Vinho fino branco licoroso doce, elaborado a partir da uva Niágara. É um vinho de aroma intenso, levemente adocicado, ideal para acompanhar sobremesas além de ser excelente aperitivo. Graduação alcoólica. 14%. Conteúdo 720 ml (vidro). Vinho Naciona

segunda-feira, 23 de março de 2009

Vai Passar

Triste Mangueira, o quão de semelhante!

Extra de Domingo

"Ivo Meirelles já se diz presidente da Mangueira"
Pag. 10

Dizem que o samba agoniza mais não morre, sempre acreditei nisso, mais acho que desta vez já se pode encomendar o caixão, como está a coisa vai ser enterrado como indigente em cova rasa la pros lado de paciência.
Nos últimos tempos tem aparecido umas figuras, ávidas em aparecer (principalmente na mídia, Rede Globo) sem nenhum compromisso com as tradições e ritmos da comunidade do samba que são as Escolas de Samba, o samba em si é imortal mesmo que estes intrusos se apoderem das agremiações vai sempre existir uma resistência vinda de algum lugar seja fundo de quintal, beira de rio, debaixo de viaduto no mangue, na puta que o pariu, mais desta vez a coisa está pegando um pé incontrolável os grandes criadores estão sendo sufocados por estes aproveitadores que de samba não entendem nada, com o palco ( As Grandes Escolas de Samba) obstruído por mentes voltadas só para o lucro e holofotes os grandes criadores ficam marginalizados e sem espaço para criarem.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Ja Passou

Já no principio do século XX o centro era destino dos Boémios da época como Lima Barreto.

" O primeiro ponto de parada de Lima Barreto em suas andanças e bebericagem pelos bares urbanos era um barzinho da rua Sachet (entre as ruas 7 de setembro e Ouvidor). O barzinho era de três portas, um balcão, uma sala curta, um mictório. Ali serviam-se café e bebidas. No mesmo prédio havia uma livraria pequena, de Francisco Schetino (cujo filho era poeta), onde se vendiam jornais, revistas e, principalmente, publicações estrangeiras e de literatura e obras de interesse geral."

Essa rua referida no texto acima (Sachet), suponho eu ser hoje a Travessa do Ouvidor aonde no meado + pro final do Século XX era parada diária do grande maestro Pixinguina no saudoso "Gouveia".

"Pedia parati. Recusava qualquer outra bebida alcoólica, inclusive cerveja. Note-se que era uma época alcoólica - fernet, capilé (um traçado), etc. Havia também refrescos de groselha, veja voce que não havia nem guaraná, nem coca-cola. Mas os refrescos de frutas, preparados na hora e relativamente baratos, eram bastante procurados; laranja, limonada, cajuada, coco da bahia, morango. E também, sorvetes. O barzinho da rua Sachet possuía toda essa variedade de produtos e havia freguesia para tudo isso. Pedia-se gelado, frapê ou sem gelo. Frapê era metade a metade gelada e natural."

(Citações suburbanas do prefácio de Eloy Pontes para uma edição de "Recordações do Escrivão Isaías Caminha")

Naquela época já existiam rodas formada por 3 ou 4 camaradas solidários no copo.