segunda-feira, 3 de maio de 2010
A EVOLUÇÃO DOS GRANDES CLUBES CARNAVALESCOS
A historia nos conta que as Grandes Sociedades, que na década de 70 eram denominadas GRANDES CLUBES CARNAVALESCOS, marca a atuação dos três mais antigos Clubes (Tenentes do Diabo, Democráticos e Fenianos), principalmente nos movimentos patrióticos brasileiros pela emancipação da escravatura e implantação da Republica.
“Foi no final do século XIX que se iniciou o carnaval das Grandes Sociedades, novidade anunciada em 14 de janeiro de 1855 pelo jornal Correio Mercantil – na época o mais importante da cidade – em crônica assinada pelo romancista José de Alencar. Constituída por um grupo de oitenta foliões dos mais diferentes ramos de atividades, as Grandes Sociedades prometiam promover, no domingo de carnaval, sua grande promenade pelas principais ruas do Centro da Cidade.
A riqueza e o luxo dos trajes, a musica, as flores e o aspecto original do grupo tornaram interessante o desfile de mascara. Foi assim que surgiram as tradicionais agremiações, das quais participavam pessoas de alto nível social, conforme comprovam famosos historiadores como Gastão Cruls, Melo Moraes Filho, Paulo Barreto (João do Rio), Mariza Lira, Roberto Macedo, Morales de Los Rio, câmara Cascudo, Vieira Fazenda, Luiz Edmundo e muitos outros pesquisadores da história do nosso carnaval.
Sua alteza Real o Imperador foi procurado, na residência oficial, na Quinta Imperial, por José de Alencar, Muniz Barreto, Joaquim Francisco Alves, Coronel Polidoro da Fonseca e João Quintanilha, que o convidaram para assistir das sacadas do Paço Imperial, na Praça XV de Novembro (antigo edifício dos Correios e Telégrafos), ao sensacional desfile, do qual participaram os oitenta iniciadores das Grandes Sociedades, entre eles Pinheiro Guimarães, Ramon de Azevedo, César Muzio, Augusto de Castro e Manoel Antonio de Almeida a fina flor da Elite carioca da época.
Nascia, assim, um carnaval cheio de alegria, entusiasmo e humorismo dominando as ruas do Rio.
O grupo inicial de foliões constituiu o chamado Grande Congresso das Sumidades Carnavalescos, dissolvido por constantes desavenças internas, surgindo, então, a Sociedade de Estudantes de Heidelberg, à qual se filiaram associados de outras agremiações.
O primeiro Grande Clube foi o dos Zuavos Carnavalescos nome de fundação dos Tenentes do Diabo, que surgiu no combate de num incêndio por seus associados a uma drogaria da Rua Direita (hoje 1º de Março) em pleno domingo de Carnaval de 1861 por este feito passou a ser chamado EUTERPE COMERCIAL TENETES DO DIABO com as cores vermelha e preta.
Em 1867 saiu com a alegoria “A Orfandade”, cujos componentes pediam auxilio para o Asilo dos Inválidos e para Caixa de Socorro D. Pedro II.
"Este texto foi escrito na madrugada de segunda para terça de carnaval, estava completamente duro de tudo, resolvi ler sobre carnaval e fui fazendos as anotações". hoje, é que revendo os aquivos encontrei e resolvi publicar no blog ainda falta as outras partes que ainda não encontrei, não sei se esta num pendrive ou cd ou no disco rigido do micro.
Arquetudo da Lapa
A Rua do Aqueduto
O Morro de Santa Teresa, que forma um dos bairros mais tradicionais do Rio, foi inicialmente conhecido como do Desterro, seguindo o nome de sua primeira construção, a antiga ermida de N.Sª do Desterro, de 1629. Após a criação e dedicação do convento para freiras reclusas de acordo com a regra de Santa Teresa, no século XVIII, é que tanto o morro quanto sua ladeira mudariam seu nome para o atual.
Nesta época já existia no local a obra que iria determinar os contornos do futuro bairro: o aqueduto da Carioca, levando ao centro da cidade o líquido vital, desde a serra do Corcovado. Obra iniciada em 1672, sofreu vários atrasos e problemas, por conta da má qualidade do material e de vandalismo, mas mesmo assim conseguiu chegar até o Largo da Carioca em 1723 através dos primeiros arcos, que iam de Santa Teresa até o morro de Santo Antônio passando pelo morro das Mangueiras. O abastecimento, ameaçado pelas constantes falhas, levou o governador Gomes Freire em
Bonde passando ao lado do aqueduto, na Santa Teresa de 1900
O aqueduto, uma construção de alvenaria, tinha altura em torno de dois metros e leito interno de pedra, por onde corria a água. Iniciando no Silvestre, o fluxo captado era nele introduzido e descia por
Os arcos de Gomes Freire, parte do sistema colonial, ganhariam uma segunda vida em 1896, quando, em 1º de setembro, os bondes elétricos da Companhia Ferro-Carril Carioca começaram a utilizá-los como nova passagem, indo até o Largo da Carioca. No ano seguinte, todo bairro era servido pela empresa. O eixo principal de transporte seguia o aqueduto, e tornou-se a grande artéria que daria vida a boa parte da região, cujo desenvolvimento anterior limitava-se à área de Paula Mattos.
Pouco a pouco, o antigo caminho, dispondo agora de uma ligação eficaz com o Centro, era ocupado, pontilhando de casas a Rua do Aqueduto. Um dos mais conhecidos moradores foi o Almirante Alexandrino de Alencar, ministro da Marinha em vários governos, como de Afonso Pena e Hermes da Fonseca. Em homenagem, o trecho da Rua do Aqueduto do Silvestre até o Curvelo recebeu seu nome, em 1917. Daí até os arcos passou a se chamar Joaquim Murtinho, médico homeopata e ministro da Fazenda no governo Campos Sales, com residência no trecho inicial da rua, falecido em 1911.
Os vestígios do aqueduto iam paulatinamente desaparecendo, na medida em que surgiam novas residências e que sua principal via se ampliava, mas o bairro de Santa Teresa sempre traria como marca indelével em sua forma e disposição o caminho percorrido pelas águas das montanhas até o centro, por séculos verdadeira linha da vida da cidade.